Hanseníase
- Isis Stelmo
- 31 de jan. de 2017
- 2 min de leitura
Dia 29 de Janeiro foi o Dia Mundial da Hanseníase, conhecida também como lepra. Doença muito antiga, citada até mesmo na Bíblia (lembram do Lázaro?), é causada pelo bacilo Mycobacterium leprae.
É considerada uma doença crônica infectocontagiosa e, apesar de existir tratamento há uns 30 anos e a incidência da doenças ter diminuído muito, ainda é considerada um problema de saúde pública em muitos lugares do mundo, pois muitas pessoas sofrem com as consequências da Doença de Hansen, como inflamações, perdas de membro, além do estigma social.
Muitos esforços vêm sendo reunidos para conscientizar as populações a respeito dos sinais e sintomas da doenças e incentivar a busca pelo tratamento.Este no Brasil é realizado pelo SUS nas próprias Unidades Básicas de Saúde, assim como a prevenção, pois o tratamento é ambulatorial feito com administração da poliquimioterapia (PQT/OMS) (combinação de vários remédios).
Ao observar:
Manchas brancas, avermelhadas ou amarronzadas com perda de sensibilidade;
Redução da sensibilidade a dor, calor e formigamentos;
Ressecamentos de olhos e nariz, além de sangramentos e lesões neste;
Pele com perda de sensibilidade;
Pele seca com ausência de suor;
Nódulos avermelhados;
Dores nas articulações;
Perda de força decorrente de inflamação nos nervos;
Emagrecimento;
A pessoa deve procurar o serviço de saúde mais próximo para fazer o exame dermato-neurológico. É muito simples: consiste em uma observação dos minuciosa das lesões com palpação dos nervos periféricos dos braços e pernas. Como o bacilo gosta de lugares mais frios para se multiplicar, a pesquisa do bacilo de Hansen pode ser feita por meio de esfregaços cutâneos por meio de cortes na nos lóbulos das orelhas, cotovelos e lesão. Para confirmar o diagnóstico, faz-se uma pequena biópsia retirando um pequeno pedaço da lesão.
O período de incubação da bactéria pode ser entre 2 a 5 anos. Após o início do tratamento, a pessoa para de transmitir o bacilo.
Para aqueles que já sofreram com perda de membros por conta da doença, é interessante que sejam acompanhados continuamente por equipe interdisciplinar de saúde e sejam encaminhados para aquisição de órteses e/ou próteses.
Referências:
Biolink. Hanseníase. Disponível em: <http://www.biolinkbr.com/hanseniase/> Acesso em: 30 jan 2017
Portal da Saúde. Medidas de Prevenção e Controle. 28 abr 2014. Disponível em: <http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/o-ministerio/principal/leia-mais-o-ministerio/707-secretaria-svs/vigilancia-de-a-a-z/hanseniase/l2-hanseniase/12401-medidas-de-prevencao-e-controle-para-hanseniase-2> Acesso em: 30 jan 2017
Secretaria da Saúde. Governo do Estado do Paraná. Hanseníase. Disponível em: <http://www.saude.pr.gov.br/modules/conteudo/conteudo.php?conteudo=2799> Acesso em 30 jan 2017
White, C and Franco-Paredes, C. Leprosy in the 21st Century. Clin Microbiol Rev. 2015 Jan; 28(1): 80–94.doi: 10.1128/CMR.00079-13. Disponível em: <https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4284303/?tool=pubmed> Acesso em: 30 jan 2017
Comments