Low Carb
- Isis Stelmo
- 1 de mar. de 2018
- 3 min de leitura

Minhas considerações
A alimentação low carb tem aparecido muito na mídia, está sendo centro de discussões entre profissionais da saúde e do esporte.
Confesso que por muito tempo, desde que entrei na área da nutrição, eu tive preconceito com essa forma de se alimentar. Muito porque também acaba sendo relacionada àquelas dietas da moda que ninguém aguenta mais e a gente já sabe, não funcionam, Atkins e Dukan.
Entretanto, como o bom da vida é rever conceitos e mudar de ideia, eu assisti um webnario com a nutricionista norte-americana Amy Berger.
Ela foca seus estudos em prevenção e cura do Alzheimer e em pesquisas recentes ela percebeu que uma dieta com menos oferta de carboidratos simples pode ser benéfica para esses pacientes e para pessoas que tem maior risco de desenvolver a doença.
Além disso, ela mostrou resultados positivos relacionados à outras doenças, como Síndrome do Ovário Polícístico (SOP), pressão alta, hipercolesterolemia, etc, quando tratadas com low carb.
Mas o que realmente me fez considerar melhor essa dieta foi a forma com que a profissional tratou o assunto.
Primeiro que a dieta low carb não é a cetogênica e a ideia não é "proibir" a ingestão de carboidratos e nem deixar de consumi-los para todo o sempre. Amy até coloca a expressão "lower carb" porque uma redução mínima na ingestão desse macronutriente já poderia diferença.
Segundo, gostaria de chamar a atenção para o fato de que até agora o emagrecimento não foi mencionado. Perda de peso pode ser consequência? Pode... mas o foco aqui é tratamento e prevenção de doenças crônicas.
Terceiro, também gostaria de deixar claro que carboidrato não é um vilão, mas na forma de se alimentar atualmente, esse nutriente é ingerido em excesso. E como a gente já sabe, tudo em excesso, até alface, não faz bem porque ocorre um desequilíbrio.
Quarto ponto, tudo na vida precisa de bom senso. Não seja tão restrito consigo mesmo. Como diz aquele ditado "Tudo na vida com moderação, até a moderação".
Dito tudo isso, vamos lá. As estratégias abaixo eu comecei a aplicar em mim mesma. E, claro, nenhuma mudança vem do dia pra noite.
Por onde começar a reduzir a ingestão de carboidratos?
É muito importante passar a apreciar o sabor real dos alimentos, ao encher um suco, café, chá ou uma fruta de açúcar/mel/leite condensado, isso não acontece. Então, que tal tentar reduzir a adição de açúcar nesses alimentos?
No café da manhã, ao invés de comer um pão branco toda vez que tal mudar para o integral de vez em quando? E se alguns dias da semana, ao invés de duas fatias ou um pão francês inteiro você reduza isso pela metade e coloque uma fruta de sua preferência no lugar? E o que você acha de adicionar um ovinho? Seja ele cozido ou mexido, às vezes frito....
Que tal repensar se você costuma colocar muito arroz + batata frita/cozida/assada+ farinha/farofa + macarrão no prato? Ou se você quiser colocar todos, que seja uma colherzinha de cada.
Já pensou se você conseguir comer no almoço e jantar pelo menos meio prato de salada com legumes e verduras de sua preferência e colocar na parte que sobrou desse prato os outros componentes.
Nos lanches intermediários, tentar comer frutas, frutas oleaginosas, por que não uma salada, também?
Há também a recomendação de procurar comer peixe umas 3 vezes por semana. É difícil? Dependendo do lugar onde você vive é. Mas a gente nunca vai saber se não tentar, não é mesmo?
Quem quiser mais informações, visite o site em inglês:
Para quem quiser ver a aula completa:

Comentarios