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Chega de Dieta!

  • Sabrina Wertzner
  • 7 de fev. de 2017
  • 3 min de leitura
E sabe por que??? PORQUE ELAS NÃO FUNCIONAM!
Me conte uma coisa: você acha mesmo que se alguma dieta funcionasse elas ainda estariam estampadas nas capas de revistas, sites, jornais, e etc. como fórmulas milagrosas para emagrecer?

Vamos começar do zero:

Dieta não é coisa nova. NENHUMA que você encontrar na mídia ou tiver o desprazer de escutar do seu colega da academia funcionará (ou melhor, te fará emagrecer/ficar maromba/secar…), muito pelo contrário, você se tornará refém da comida!

A primeira dieta foi publicada por um Agente Funerário (Oi? Isso mesmo), Sr. William Banting, londrino, que a partir de meados de seus 30 anos passou a ”lutar” contra a obesidade, uma condição que ele via como ”pavor inexprimível”, que o fez isolar-se socialmente. Naquela época, assim como ainda vemos hoje, Sr. Banting tentou diversos métodos falíveis para perda de peso: medicamentos, spa, banhos turcos, jejuns, práticas extenuantes de exercícios. Logicamente, nenhum método funcionou e houve o reganho de peso.

Em determinado momento, Sr. Banting conheceu Dr. William Harvey, um cirurgião que tinha acabado de voltar de uma conferência em Paris, onde ouvira o Monsieur Claude Bernard palestrar sobre dieta e diabetes. De forma sagaz, Harvey viu em Banting uma oportunidade para um experimento: a primeira dieta lowcarb da história.

Após alguns meses e alguns quilos a menos, Sr. Banting decidiu partilhar sua trajetória com o público, por meio da publicação ”Letter on Corpulence, Addressed to the Public”, que atingiu na época 63.000 cópias, influenciando milhares de pessoas.

Depois da influência global do funerário William Banting, dezenas de outras dietas, a maioria SEM QUALQUER COMPROVAÇÃO CIENTÍFICA, apareceram. E claro, sem espanto, quanto maior a preocupação com o corpo ao longo das décadas, maior o número de dietas.

Veja:

Além dos muitos fatores que envolvem a perda de peso, os estudos mostram que fazer dieta, ao contrário do que se prega, aumenta o risco de ganho de peso e é um precipitador de transtornos alimentares (LOWE et al., 2006; HAINES et al., 2006; NGUYEN; POLIVY, 2014; STICE et al., 2017).

Então, depois de lido este texto, provavelmente identificado-se com alguma situação citada, já escutado uma “sugestão/indicação” de uma amiga, mãe, pai, avó, colega da maromba, social influencer, revista, cartomante, etc., você acredita mesmo que uma dieta pode reduzir seu peso?

Minha sugestão? Procure um nutricionista “pé no chão”, que vise reeducação alimentar e te oriente, da melhor forma, a fazer escolhas que permitirão a estabilização do seu peso e a nutrição do seu corpo e sua mente.

BANTING, William. Letter on Corpulence, Addressed to the Public. Obesity Research, Kensington, v. 1, n. 2, p.153-163, mar. 1993.


CHRISTEN, AG; CHRISTEN, JA. Horace Fletcher (1849-1919):: “The Great Masticator.”. J Hist Dent, Indianapolis, v. 45, n. 3, p.95-100, nov. 1997.


DAVIS, Susan. The Grapefruit Diet. Disponível em: <http://www.webmd.com/diet/a-z/grapefruit-diet&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


O GLOBO. Surgem nos EUA os Vigilantes do Peso: Dona de casa obesa criou o grupo há 55 anos, após pensarem que ela estava grávida. Disponível em: <http://acervo.oglobo.globo.com/fatos-historicos/surgem-nos-eua-os-vigilantes-do-peso-10005776&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


CANCER RESEARCH UK. Macrobiotic diet. Disponível em: <http://www.cancerresearchuk.org/about-cancer/cancers-in-general/treatment/complementary-alternative/therapies/macrobiotic-diet&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


WIKIPEDIA. SlimFast. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/SlimFast&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


WIKIPEDIA. Beverly Hills Diet. Disponível em: <https://en.wikipedia.org/wiki/Beverly_Hills_Diet&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


DR. LOREN CORDAIN. THE PALEO DIET PREMISE. Disponível em: <http://thepaleodiet.com/the-paleo-diet-premise/&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


DR. PETER J. D’ADAMO. The Blood Type Diet®. Disponível em: <http://www.dadamo.com/&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


ROTCHFORD, Lesley. Diets through history:: The good, the bad and the scary. Disponível em: <http://edition.cnn.com/2013/02/08/health/diets-through-history/&gt;. Acesso em: 6 fev. 2017.


STICE, Eric et al. Risk factors that predict future onset of each DSM–5 eating disorder: Predictive specificity in high-risk adolescent females.. Journal Of Abnormal Psychology, [s.l.], v. 126, n. 1, p.38-51, jan. 2017. American Psychological Association (APA). http://dx.doi.org/10.1037/abn0000219.


LOWE, Michael R. et al. Multiple types of dieting prospectively predict weight gain during the freshman year of college. Appetite, [s.l.], v. 47, n. 1, p.83-90, jul. 2006. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.appet.2006.03.160.


NGUYEN, Christine; POLIVY, Janet. Eating behavior, restraint status, and BMI of individuals high and low in perceived self-regulatory success. Appetite, [s.l.], v. 75, p.49-53, abr. 2014. Elsevier BV. http://dx.doi.org/10.1016/j.appet.2013.12.016.


HAINES, J. et al. Prevention of obesity and eating disorders: a consideration of shared risk factors. Health Education Research, [s.l.], v. 21, n. 6, p.770-782, 1 dez. 2006. Oxford University Press (OUP). http://dx.doi.org/10.1093/her/cyl094.

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