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Uma Alimentação Saudável pode Auxiliar no Tratamento da Depressão?

  • Sabrina Wertzner
  • 8 de mar. de 2017
  • 2 min de leitura
Sim!

Foi exatamente isso que foi constatado por pesquisadores Australianos ao investigar se melhoras na alimentação de pessoas com o diagnóstico de depressão moderada a severa resultaria em melhoras no tratamento da doença.

Os indivíduos foram estudados por um período de 12 semanas. Para ser admitida no estudo, a pessoa deveria ter o diagnóstico de depressão (segundo o DSM IV) e ter sua alimentação classificada de forma ''pobre'', segundo o Instrumento de Avaliação Dietética (Dietary Screening Tool) - isso significa que eles ingeriam baixa quantidade de fibras, de carne magra, frutas e vegetais, e uma alta ingestão de doces, carnes processadas e salgadinhos.

Durante as 12 semanas, os participantes receberam aconselhamento e suporte nutricional, inclusive intervenção motivacional, estipulação de metas e mindful eating, por um nutricionista qualificado.

Resultado: após o período analisado e a adoção das medidas nutricionais recomendadas - especialmente com um aumento no consumo de cereais integrais, frutas, laticínios, leguminosas, azeite e peixes - o grupo demonstrou uma melhora significativa na subescala de depressão e ansiedade da Escala de Ansiedade e Depressão Hospitalar (HADS) e Escala de Depressão Montgomery-Åsberg (MADRS).

Ainda mais, o estudo sugere que além dos benefícios relacionados a intervenção nutricional, mudanças comportamentais na atividade também podem ter tido um benefício terapêutico aos participantes.

Com essas conclusões, sugere-se que médicos psiquiatras devam considerar também os benefícios de uma alimentação saudável, orientada por um nutricionista, como apoio ao tratamento da depressão.

Para saber mais sobre Recomendações Nutricionais na Prevenção da Depressão, sugiro que leia o artigo escrito por Opie, R. S. e colaboradores que possui, em suma, as seguintes orientações elaboradas por especialistas em nutrição e psiquiatria para o efeito:

  1. Seguir padrões alimentares "tradicionais", como a Dieta Mediterrânea, Norueguesa ou Japonesa;

  2. Aumentar o consumo de frutas, vegetais, legumes, cereais integrais, nozes e sementes;

  3. Incluir um alto consumo de alimentos ricos em ômega-3 (presente em peixes, dentre outras fontes);

  4. Limitar a ingestão de alimentos processados e ultraprocessados, fast-foods e doces;

  5. Substituir alimentos do item 4 por fontes saudáveis, como os do item 2.

BAILEY, R. L et al. Dietary screening tool identifies nutritional risk in older adults. American Journal Of Clinical Nutrition, [s.l.], v. 90, n. 1, p.177-183, 20 maio 2009. American Society for Nutrition. http://dx.doi.org/10.3945/ajcn.2008.27268.

JACKA, Felice N. et al. A randomised controlled trial of dietary improvement for adults with major depression (the ‘SMILES’ trial). BMC Medicine, [s.l.], v. 15, n. 1, p.1-13, 30 jan. 2017. Springer Nature. http://dx.doi.org/10.1186/s12916-017-0791-y.

OPIE, R.S. et al. Dietary recommendations for the prevention of depression. Nutritional Neuroscience, Australia, v. 0, n. 0, p.1-11, mar. 2015.

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