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Drogas

  • Foto do escritor: Isis Stelmo
    Isis Stelmo
  • 24 de mai. de 2017
  • 2 min de leitura

Guerra que precisa ter fim!

Substâncias psicoativas, alucinógenas, etc, sempre estiveram presentes na história da humanidade, tanto em rituais religiosos, pois com uma ajudinha extra destas, acredita-se ser possível alcançar o "nirvana", ou em momentos de recreação e socialização.

Desde a década de 1960, estabeleceu-se uma política internacional de proibição da comercialização legal de drogas e utilização dessas como medicamento.

Agora, convenhamos, as pessoas não deixam de fazer as coisas só porque "alguém" proibiu. As drogas estão aí, as pessoas vão continuar usando. Contudo, a proibição traz algumas consequências que, por favor, em pleno século XXI, precisam ser repensadas:

  • Muitos estudos com extrato de cannabis vêm sendo realizados e mostrando resultados promissores no tratamento de doenças como epilepsia, mas com a criminalização da maconha, muitas pesquisas e tratamentos ficam empacados;

  • Ao proibir, o assunto torna-se um tabu (assim como falar de sexo na adolescência -e métodos contraceptivos- e aborto), ou seja, as pessoas ficam desinformadas e não se sentem confortáveis em procurar informações fidedignas, ou nem sabem por onde começar a procurar, e sentem-se receosas, pois podem ser julgadas pelos outros a qualquer momento;

  • A guerra às drogas superlota prisões, pois pessoas são presas não apenas por traficarem, mas também por terem usado (na minha cabeça, é a mesma coisa que prender pessoas bêbadas);

  • A guerra às drogas também financia o tráfico, pois não há leis que regulamentam o mercado, não há controle de qualidade nem fiscalização sobre as substâncias consumidas onde são criminalizadas; mas é claro que não é interessante par ao tráfico que haja a legalização, se não teriam que começar a pagar impostos e por selos de garantia de qualidade;

  • Como dito anteriormente, quem usava, continuará usando e quem tem curiosidade, usará, contudo, sem informação e controle de qualidade.

Essa proibição traz gastos para o Estado, por volta de 100 bilhões de dólares, tentando reduzir a oferta e a demanda, minimizar os prejuízos e reduzir a dependência; além de acabar beneficiando o tráfico de drogas, pois tudo o que é proibido não possui uma legislação a respeito e acaba sendo tratado por debaixo dos panos, ou seja, drogas vão ser traficadas mesmo sem permissão.

Se as drogas fossem descriminalizadas, daria para controlar melhor a qualidade, os usuários teriam informações sobre o que estariam usando, além de a cobrança dos impostos beneficiar o Estado.

Mas algumas atitudes vêm sendo adotadas mostrando uma mudança de mentalidade: há alguns anos, o Uruguai legalizou o consumo de maconha; vários estados dos EUA descriminalizaram ou legalizaram a maconha quando Donald Trump foi eleito, como um protesto ao excesso de encarceramento causado pelo aprisionamento de pessoas usuárias e traficantes.

Portugal descriminalizou as drogas em 2001 e tem o menor índice de morte por overdose da União Europeia, 3 por milhão, enquanto a média da UE é de 17, 3.

Logo, acredito que a reflexão sobre o assunto seja válida para pensarmos na questão das drogas como um assunto de Saúde Pública e, por que não, Educação, e não de Guerra! Não é algo que se resolva com tiro, porrada e bomba, mesmo porque isso já tem todos os dias e não nos está levando a lugar algum.

Para mais informações, vou deixar links abaixo. Por favor, acessem!!!

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Cultura E Tal:

The Baker's Wife (1938)

O filme é baseado em um livro de Jean Giono, um doce conto pastoral, sobre um padeiro que fica pertur-bado quando sua esposa o deixa.

O padeiro então passa-se a recusar a fornecer pão à aldeia até ela voltar para ele.

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