Por que tanto se fala em Vitamina D?
- Isis Stelmo
- 14 de jul. de 2017
- 2 min de leitura

A vitamina D, já faz algum tempo, tem sido assunto recorrente na grande mídia, pois estudos populacionais têm alertado para uma carência deste nutriente e suas consequências para a saúde, como o raquitismo, em crianças e a osteomalácia, em adultos, além de maior risco para osteoporose em mulheres na menopausa.
Pesquisas sugerem que 50% dos jovens adultos com ossos saudáveis têm deficiência de Vitamina D, assim como 90% dos pacientes que passam em consulta na Atenção Básica por complicações osteomusculares não especificadas.
Esse nutriente participa da mineralização óssea, já que é o responsável pela abertura dos canais de cálcio no intestino, estimulando a absorção de cálcio e fosfato; está envolvido na contração e relaxamento musculares, além de controlar a proliferação de células de músculo e sua diferenciação em fibras musculares maduras.
Estudos mostram que indivíduos com déficit de vitamina D estão mais sujeitos a desmineralização óssea, principalmente acima dos 60 anos, menor taxa de renovação óssea e fraturas e que com suplementação ou maior exposição solar, é possível reverter esse quadro.
Além disso, encontrou-se associação entre hipovitaminose D, desordens cognitivas e mal de Alzheimer.
Como manter os níveis de Vitamina D aceitáveis no organismo, então?
A síntese vitamina D3 se dá pela ativação solar na pele por meio da ação dos raios UVB (por isso, nesse caso, o termo "vitamina"é inapropriado, pois diz respeito a um produto vital, o qual o organismo não consegue produzir).
O ideal seria uma exposição ao sol entre 10 a 15 min de duas a três vezes por semana, sem usar protetor solar, por volta das 11h às 14h. Contudo, fatores como idade, cor da pele e poluição, podem interferir na eficácia da síntese do nutriente.
E, no caso do Brasil, o mais interessante seria apostar no sol, mesmo, já que a maior parte dos alimentos naturalmente ricos em vitamina D2 ou D3, com exceção da gema de ovo, não fazem parte do nosso cotidiano alimentar, como óleo de fígado de bacalhau, ostras, óleo de peixe, truta, sardinha.
Referência
Para ler o relatório completo do Fonds Français pour L'Alimentación & Santé, acesse: http://alimentation-sante.org/wp-content/uploads/2016/05/20160429_EtatDesLieux-VitamineD.pdf
Resumo do relatório com infográfico: http://alimentation-sante.org/wp-content/uploads/2016/05/20160513_PlaquetteEssentiel_VitDPlanche1.pdf
تعليقات