Transição nutricional
- Sabrina Wertzner
- 14 de ago. de 2017
- 2 min de leitura
É possível dizer que, em um curto período de tempo, a população têm passado por fenômenos de transição nutricional, graças à políticas públicas - como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU (2015) - de acabar com a fome, alcançar a segurança alimentar e melhoria da nutrição, até 2030.
Dentre os países que assinaram o acordo, o Brasil deixou o mundo de queixo caído reduzindo em 82,1% o número pessoas subalimentadas no período de 2002 a 2014.
Apesar desta conquista, a preocupação passou a estar em outro patamar: mais da metade da população passou a estar classificada com sobrepeso e obesidade.
Dados da Pesquisa de Orçamento Familiar (2009) mostram a transição nutricional desde a década de 70:
Agora a ênfase passa ser o combate ao sobrepeso e obesidade, concomitante com a melhora da qualidade alimentar - esse o mais importante, no meu ponto de vista.
Bem como a classificação através do IMC vem sendo questionada, os padrões de beleza também e, com tudo isso, uma grande discussão que amplia o conhecimento sobre a magreza, o sobrepeso e a obesidade e suas respectivas categorizações em saúde e doença.
Como já falamos por aqui, não é só uma questão de entuchar comida na boca do povo, mas promover acessos a feiras-livres, de qualidade, reduzir os ultra-processados e processados das nossas dispensas - a começar pela cesta básica, e manter espaços verdes e seguros para prática de atividades e locomoção ao ar livre.
IBGE. Pesquisa de Orçamentos Familiares 2008-2009: Brasil: Ibge, 2010. Color. Disponível em: <http://www.ibge.gov.br/home/presidencia/noticias/imprensa/ppts/0000000108.pdf>. Acesso em: 13 ago. 2017.
Portal Planalto (Org.). Fome cai 82% em 12 anos no Brasil, afirma ONU. 2015. Disponível em: <http://www2.planalto.gov.br/noticias/2015/05/fome-cai-82-em-12-anos-no-Brasil-afirma-onu>. Acesso em: 13 ago. 2017.
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