O que você pode fazer para prevenir a queda capilar?
- Sabrina Wertzner
- 11 de set. de 2017
- 3 min de leitura
A alopecia androgenética, mais comumente chamada de queda de cabelo em homens, afeta até 96% desta população, em especial caucasianos. É caracterizada pelos vários tipos de carecas: frontal, com entradas (M), parietal, central e as mais variáveis formas que sua genética quiser causar em você.

A queda de cabelo está relacionada com a redução da auto-estima, depressão e insatisfação corporal, fazendo com que 84% desta população recorra às mais variadas formas de tratamento.
Portanto, vou citar algumas mas claro, dar ênfase a alimentação (minha praia):
a. Alimentação
O ciclo normal do folículo capilar depende de micronutrientes. Mais além, alguns micronutrientes reduzem o estresse oxidativo - contribuinte cada vez mais em destaque na patogênese da queda capilar.
Vitamina D: estudos mostram uma prevalência altíssima na deficiência dessa vitamina na população: 46%. Sabe-se que uma vez ativada (através da exposição aos raios UV), a vitamina D funciona como um hormônio esteroide. Estudos em animais mostram que sua deficiência culmina em perda de pelos. Em geral, a literatura demonstrou menores níveis de vitamina D em pacientes com queda capilar, porém sua causa subjacente ainda não é totalmente compreendida. Fontes alimentares: salmão, sardinha, gemas de ovos.
Zinco: a literatura demonstrou menores níveis deste mineral em pacientes com queda capilar. Os níveis séricos também parecem estar inversamente associados com a gravidade da doença. Não se sabe ao certo se a suplementação surte o efeito desejado. Fontes alimentares: ostras, carne bovina, camarão, carne de frango, pescados, leguminosas e oleaginosas.
Cobre, magnésio e selênio: as funções antioxidantes e a síntese de nucleotídeos destes minerais sugere que eles podem desempenhar um papel na fisiopatologia da queda capilar, porém ainda há poucos estudos na suplementação e dosagem adequada. Fontes alimentares: ostras, ovos, cacau, oleaginosas, leguminosas, tubérculos.
Ferro: há hipóteses que a correção dos níveis séricos de ferro possa levar a uma melhor resposta no tratamento da queda capilar, porém ainda há poucos estudos na suplementação e dosagem adequada. Fontes alimentares: carne vermelha, vegetais verde-escuros, leguminosas, tofu, algas, cereais integrais e oleaginosas.
Vitaminas do Complexo B: há algumas associações entre a deficiência de folato e queda capilar. Assim como como outras, ainda não há estudos que indiquem a dosagem adequada. Fontes alimentares: peixes, levedura de cerveja, fígado, oleaginosas, abacate e vegetais verdes.
Biotina: a deficiência desta pode estar relacionada a queda capilar e de unhas frágeis, as quais têm-se mostrado positivas com relação à suplementação. Fontes alimentares: vísceras animais, gema de ovo, cereais integrais e nozes.
b. Tratamento medicamentoso:
Apenas dois medicamentos são aprovados pela FDA com o propósito de reduzir a queda capilar: minoxidil e finasterida.
O minodixil abre, supostamente, os canais de potássio para estimular o início da fase crescimento do fio. Como efeito adverso tem-se dermatite de contato alérgica, secura e coceira. Todas ações medicamentosas são interrompidas ao cessar o uso do medicamento.
A finasterida diminui a conversão de testosterona em DHT, o que faz diminuir a quantidade de DHT no couro cabeludo, soro e próstata, e então inibe a queda capilar. Como efeito adverso tem-se diminuição da libido, impotência, distúrbios da ejaculação e depressão.
c. Dispositivos elétricos
Estes dispositivos de luz utilizam comprimentos de onda mais baixos (650 a 900 nm) em baixas potências para estimular o crescimento do cabelo. Teoricamente isso "acorda" os folículos capilares dormentes.
d. Cirurgia capilar
Esta forma invasiva retira uma tira de cabelo do próprio doador da porção occipital, e então reimplantando no local desejado usando agulhas ou bisturis especializados.
Lembrando três coisas:
1. Nunca recorra a medicamentos ou tratamentos por conta própria. Busque médicos especializados!
2. O estresse oxidativo e a desregulação antioxidante são cada vez mais reconhecidos como precipitadores da queda capilar. Coma bem, pratique atividade física e durma bem!
3. É dos carecas que elas gostam ;)
CHIN, Evelyn Y.. Androgenetic alopecia (male pattern hair loss) in the United States: What treatments should primary care providers recommend?. Journal Of The American Association Of Nurse Practitioners, [s.l.], v. 25, n. 8, p.395-401, 7 maio 2013. Wiley-Blackwell. http://dx.doi.org/10.1111/1745-7599.12030.
THOMPSON, Jordan M. et al. The Role of Micronutrients in Alopecia Areata: A Review. American Journal Of Clinical Dermatology, [s.l.], v. 0, n. 0, p.1-17, 15 maio 2017. Springer Nature. http://dx.doi.org/10.1007/s40257-017-0285-x.
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