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Terapias alternativas: Calatonia

  • Sabrina Wertzner
  • 13 de nov. de 2017
  • 2 min de leitura

Esta semana aprendi sobre uma terapia alternativa que pode ser considerada bastante recente, quando comparada à outras terapias milenares, como a chinesa.

A Calatonia é uma técnica de "Toques Sutis" que foi criada pelo médico húngaro Pethö Sándor, em 1947 na Europa, durante a Segunda Guerra Mundial.

Calatonia é uma palavra de origem grega

- do verbo Khalaó -

que indica relaxamento e alimentação;

o recuo de um estado de raiva, fúria ou violência (adaptado de Pethö Sándor)

Sándor iniciou sua pesquisa quando ainda era médico da cruz vermelha na II Guerra e, devido a escassez de medicamentos para aliviar os sintomas incômodos em gestantes, passou a aplicar esta técnica e notou melhora nos sintomas.

De uma forma geral, técnicas de relaxamento têm como objetivo integrar a mente e o corpo; desenvolver domínio sobre as funções corporais e controle de processos mentais.

Os estímulos gerados através do toque agem sobre os receptores nervosos que existem nas extremidades e são transmitidos naturalmente ao longo das rotas neurológicas às quais estão ligados pelo sistema nervoso. Dessa forma, estabelece-se um equilíbrio entre os sistemas corporais.

Esta técnica, especificamente, consiste em em estímulos monótonos por meio de toques leves nos dedos e nas solas dos pés, no calcanhar, na convergência tendinosa do tríceps sural na região posterior da perna, e na nuca.

Apesar de ser uma técnica pouco conhecida e difundida, alguns poucos estudos já demonstraram seus benefícios:

- Um trabalho que tinha como objetivo avaliar a eficiência da técnica de calatonia sobre parâmetros clínicos e dor na fase pós-cirúrgica imediata em 116 pacientes verificou que em relação à dor, o grupo experimental apresentou resultados significativos, dos quais se pode inferir que o relaxamento proporcionado pela técnica de Calatonia aliviou a dor observada;

- Outro estudo sobre os efeitos de calatonia na fase pré-cirúrgica mostrou redução da ansiedade e também redução dos parâmetros clínicos que foram avaliados, mas não de forma estatisticamente significante;

Claro que estudos maiores auxiliariam a dar força para esta técnica sutil e não invasiva, mas vale ter em mente esta como uma prática complementar, que possa proporcionar bem-estar geral, tanto psicológico quanto físico, sempre aplicada por profissionais cadastrados, capacitados, que cursaram a pós-graduação na área (clique neste link para saber mais).

BASSOLI JUNIOR, Arnaldo et al. Calatonia. Disponível em: <http://www.calatonia.org/>. Acesso em: 12 nov. 2017.


LASAPONARI, Elaine Ferreira et al. Efficiency of Calatonia on clinical parameters in the immediate post-surgery period: a clinical study. Revista Latino-americana de Enfermagem, [s.l.], v. 21, n. 5, p.1054-1061, set. 2013. FapUNIFESP (SciELO). http://dx.doi.org/10.1590/s0104-11692013000500007.


Nosow V, Peniche ACG. Paciente cirúrgico ambulatorial: calatonia e ansiedade. Acta Paul Enferm. 2007; 20(2):161-7.


Peniche ACG, Chaves EC. Surgical patient and anxiety: some consideration. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2000;8(1):45-50.


ARCURI, Irene Pereira Gaeta. Psicoterapia Junguiana, Calatonia e Arte. 2009. 17 f. Tese (Doutorado) - Curso de Psicologia, Puc, São Paulo, 2009.


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