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Por que a vesícula biliar produz pedras?

  • Fernanda Ramos
  • 1 de fev. de 2018
  • 2 min de leitura

Colelitíase, o nome bonito para pedras ou cálculos na vesícula biliar (um pequeno órgão localizado abaixo do fígado) é mais comum do que você imagina!

(É sério! Nunca imaginei que na minha prática profissional encontraria taaannta gente com a doença. É impressionante!)

Créditos na imagem

Cerca de 75% das pessoas que tem a doença são assintomáticas. E quando há sintomas, estes podem ser desde inespecíficos, como má digestão e desconforto abdominal, até dor severa e complicações, como pancreatite biliar (quando uma pedra vai parar no ducto comum, entre a vesícula biliar e o pâncreas), colangite e sepse.

O principal componente dos cálculos biliares é o colesterol, a partir da precipitação de seus cristais no órgão, que pode ser desencadeado por:

  • Genética (polimorfismos e genes litogênicos)

  • Sexo feminino

  • Envelhecimento (ter mais de 40 anos)

  • Resistência à insulina

  • Inflamação

  • Síndrome Metabólica

  • Doença Hepática não alcoólica

  • Sedentarismo

  • Tabagismo

  • Obesidade

  • Diabetes

  • Perda de peso acelerada (como nas gastroplastias)

Há ainda fatores de risco dietéticos como alto consumo de gorduras, açúcares simples e sódio, baixo consumo de fibras e alimentação hipercalórica.

O mecanismo de ação está nas alterações de metabolismo de colesterol e na secreção e reabsorção de bile devido à ação dos fatores de risco.

A composição da microbiota intestinal também é um fator predisponente.

O tratamento pode ser clínico, com acompanhamento da evolução do quadro, ou cirúrgico, por diferentes técnicas, sendo a mais comum a colecistectomia, em que há retirada da vesícula biliar.

A alimentação pode contribuir para o tratamento, sendo estimulada uma dieta saudável e equilibrada, em termos de controle no consumo de gorduras, açúcares, sódio e incentivo ao consumo de fibras, provenientes de frutas, legumes e verduras.

É importante entender que não é toda comida e bebida que desencadeia a dor e que nem todas as pessoas que tem colelitíase experenciam dor e desconforto após se alimentarem.

O processo digestivo, iniciado após o consumo alimentar, estimula a contração da vesícula biliar, podendo causar algum desconforto ou dor, mas isso é bastante individual e é necessário perceber quais são os alimentos que causam os sintomas. Mesmo após o procedimento cirúrgico a tolerância a alimentos também é individual.

E você, já colecionou pedras na vesícula? Tem algum fator de risco modificável que pode ser controlado? Conhece alguém que tem/teve?

Di Ciaula A, Wang DQH, Portincasa P. Na update on the pathonegesis of cholesterol gallstone disease. Curr Opin Gastroenterol. 2017.

National Institute for Health and Care Excellence. Gallstone disease: Diagnosis and management of cholelithiasis, cholecystitis and choledocholithiasis. Internal Clinical Guidelines, 2014.

Lamberts MP. Indications of cholecystectomy in gallstone disease. Curr Opin Gastroenterol. 2017.

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O filme é baseado em um livro de Jean Giono, um doce conto pastoral, sobre um padeiro que fica pertur-bado quando sua esposa o deixa.

O padeiro então passa-se a recusar a fornecer pão à aldeia até ela voltar para ele.

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