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Doce, doce, doce

  • Foto do escritor: Isis Stelmo
    Isis Stelmo
  • 26 de dez. de 2016
  • 2 min de leitura

Aproveitando este tempo de festividades no qual há sempre uma ou várias sobremesas gostosas, ofertas de doces aqui e ali, vamos refletir sobre qual o significado desse grupo de alimentos nas nossas vidas.

Veicula-se principalmente na grande mídia um amor e ódio aos doces, representando a dicotômica relação entre prazer e pecado, mas aqui, não gostamos de tratar as coisas assim.

Os doces, nutricionalmente falando, realmente, não representam um papel essencial na nossa alimentação. Sua função é nos dar prazer e cumprem isso muito bem, geralmente. Eles estão presentes em comemorações, festas e são consumidos há milhares de anos.

Os último estudos que tratam sobre consumo e comportamento alimentar relatam não haver evidências suficientes que relacionem a ingestão de doces a aumento do Índice de Massa Corpórea (IMC) e doenças cardiovasculares, embora ter bom senso ao comê-los é muito importante.

Outros estudos demonstram que o consumo de chocolates com menos adição de açúcar (amargo, meio amargo) e de cacau seja protetivo para doenças cardiovasculares por conta dos flavonoides.

Até mesmo mascar chiclete sem açúcar se mostrou eficaz para auxiliar na limpeza da cavidade bucal após as refeições, além de estar associado a melhora da atenção e sensação de alerta.

Restringir doces, ainda mais se você é uma pessoa que gosta muito mesmo deles, pode trazer consequências negativas, como aumentar o desejo pelo alimento proibido e consumi-lo em excesso quando a restrição acabar.

Mas, preste atenção! Pode ser que sua vontade de doces não parta apenas de você! Estímulos externos também contam! Como proximidade com locais onde são vendidas as iguarias, visibilidade, tamanho da porção, preço, etc, tudo isso pode interferir sobre suas reais vontades.

Uma dica boa é: quer comer algum doce/sobremesa? Coloque um horário pra isso! Depois do almoço ou após atividade física são alguns exemplos. Além disso, observe se você realmente está com vontade de comê-lo ou se é apenas porque já se tornou um hábito e você nem presta mais atenção direito nisso.

Mas, se realmente estiver com vontade, aproveite cada mordida, garfada... torne o momento um ritual para que deleite-se com todo o prazer que o alimento pode lhe proporcionar.

Lembre-se de sempre variar a alimentação e combinar tudo isso com escolhas saudáveis!

E, sem promessas sem noção para o ano novo, hein?

Referências:

Avena, NM; Rada, P; Hoebel, BG. Evidence for sugar addiction: Behavioral and neurochemical effects of intermittent, excessive sugar intake. Neurosci Biobehav Rev. 2008; 32(1): 20–39. Disponível em: <URL: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2235907/> Acesso em: 25/12/2016

Duyff, RL; Birch, LL; Byrd-Bredbenner, C; Johnson, SL; Mattes, RD; Murphy, MM; Nicklas, TA; Rollins, BY; Wansink, B. Candy Consumption Patterns, Effects on Health,and Behavioral Strategies to Promote Moderation:Summary Report of a Roundtable Discussion. Adv Nutr 2015;6:139S–146S. Disponível em: <URL: http://advances.nutrition.org/content/6/1/139S.full> Acesso em: 25/12/2016

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Cultura E Tal:

The Baker's Wife (1938)

O filme é baseado em um livro de Jean Giono, um doce conto pastoral, sobre um padeiro que fica pertur-bado quando sua esposa o deixa.

O padeiro então passa-se a recusar a fornecer pão à aldeia até ela voltar para ele.

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