Prevenção de alergias alimentares
- Isis Stelmo
- 9 de mai. de 2017
- 2 min de leitura

Isso existe?!?!!?
De 8 a 14 de maio, acontece a Semana Mundial de Conscientização da Alergia Alimentar.
A alergia alimentar provoca reações adversas quando pessoas que as têm ingerem certos alimentos, desencadeando uma resposta do sistema imune, a qual pode resultar em coceiras, pruridos na pele, desconfortos gástricos até quadros mais sérios, como choque anafilático.
Geralmente, no primeiro contato com o alimento em questão, acontecem as reações mais leves e os sintomas tendem a piorar se o indivíduo continua ingerindo o alimento ao qual é alérgico.
E, por enquanto, não tem jeito: a única maneira de evitar esses sintomas é retirar, da alimentação da pessoa, os alimentos que causam esses desconfortos.
A literatura relata mais de 70 alimentos alergênicos; os mais relatados e os quais apresentam os quadros de sintomas mais severos são: cereais que contêm glúten, crustáceos, ovos, peixe, amendoim, soja, leite e castanhas.
Estima-se que de 1 a 3% de adultos e 4 a 6% de crianças, no mundo, tenham alergia alimentar.
Recentemente, foi publicada uma revisão sistemática e metanálise cuja hipótese questionava se o período de introdução de certos alimentos influenciaria o desenvolvimento da alergia alimentar e doenças autoimunes.
A pesquisa extraiu dados de 204 artigos, os quais reportavam 146 estudos. Ao final, encontraram evidências de que a introdução de ovo (entre 4 e 6 meses de vida) e amendoim (entre 4 e 11 meses) auxilia a prevenir o desencadeamento das alergias causadas por esses alimentos.
A introdução de peixe entre os 6 e 9 meses de vida também auxiliaria na redução do risco para o surgimento da rinite.
É também de alta relevância o achado de que a exposição precoce ao glúten não aumenta o risco para o desenvolvimento de doença celíaca.
Logo, para tentar prevenir essas alergias em crianças, a ordem de sempre é variar as combinações de alimentos! E observem se suas crianças (ou se vocês mesmos )têm alguma reação alérgica, como vermelhidão na pele, coceiras, dores e desconfortos gastrointestinais!
Em caso positivo, procure ajuda de um profissional de saúde capacitado, pois caso não seja tratada da maneira adequada, uma alergia alimentar pode se tornar um caso de vida ou morte!
Referências
Ierodiakonou D, Garcia-Larsen V, Logan A, Groome A, Cunha S, Chivinge J, Robinson Z, Geoghegan N, Jarrold K, Reeves T, Tagiyeva-Milne N, Nurmatov U, Trivella M, DPhil; Leonardi-Bee J, Boyle RJ. Timing of Allergenic Food Introduction to the Infant Diet and Risk of Allergic or Autoimmune Disease - A Systematic Review and Meta-analysis. JAMA. 2016;316(11):1181-1192. doi:10.1001/jama.2016.12623
WHO. INFOSAN Information Note No. 3/2006 – Food Allergies, 9 Jun 2006.
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